Foi então que descolori a minha vida, coloquei tons de cinza em meu coração. Foi então que resolvi apagar sonhos, lembranças e até uma parte essencial da minha história… Só não consegui apagar aquela luz que parecia cessar a cada instante, mas que ainda existia em mim.
Eu não entendia, mas eu queria me esconder em meio à escuridão que eu buscava para mim… e Ele me escolhia, confiava em mim. Como? Não havia sentido para isso, não havia motivo, mas Ele sabia que ainda havia motivo para lutar. Eu continuava a não entender como Alguém poderia ainda me querer ao seu lado mesmo eu não querendo mais.
Desistir… era o que eu queria a cada instante. Era a minha vontade que sobressaía sobre o sonho que foi traçado para a minha vida. A minha vontade era a minha grandeza… até olhar aquela Cruz onde eu encontrava o sentido para a minha existência. E eu queria entender como, diante de tanta dor, poderia existir amor.
Eu queria respostas, mas elas já iluminavam o meu coração. Aquela pequena luz que jamais se apagou em mim era amor… Era o motivo d’Ele ter se tornado pequeno para mostrar a sua grandeza em minha vida. Era o motivo do sangue sagrado ter sido derramado por mim. Era o motivo d’Ele ter voltado para me resgatar. Era amor… diferente de todo aquele que já senti.
Foi então que Ele deu cor a minha vida, colocou tons de amor em meu coração. Foi então que Ele devolveu meus sonhos, lembranças e me fez enxergar que Ele é a parte essencial da minha história… Aquela luz não se apagará em mim, ela resplandecerá no mundo e será vista pelo povo que anda nas trevas.
O coração mais escuro, débil e caído é sempre o mais escolhido.
É Ele quem nos escolhe e dar cor as nossas vidas.