Então esperou… esperou e confiou na importante missão que receberia para a sua vida. Receberia a Luz do mundo e A veria brilhar entre os homens.
Com a sua sabedoria e seu bom coração, ia compreendendo o seu destino. E, para melhor compreendê-lo, começava a sonhar… sabia que não eram apenas sonhos, eram respostas que tirariam qualquer dúvida que carregava consigo e o fariam acreditar mais ainda no que lhe fora confiado.
Viu um anjo com seus próprios olhos e da sua boca um nome surgia. Sem medo, aceitou o seu chamado e o pregou na sua alma. Despertando, tirou toda a rejeição do seu coração e a porta do seu lar se abria.
Uniu-se àquela que foi enviada para fazer parte da sua história, aquela que carregava uma Luz grandiosa dentro de si, Luz que um dia ele também carregaria em seus braços. E assim começou a sentir o Amor que lhe fora enviado. Era justo, era digno, doou a sua vida e constituiu uma sagrada família.
Em seus sonhos, encontrava a direção e deixava ser conduzido… o anjo não o abandonava, preparava seu caminho. E, com proteção, cuidou daqueles com quem caminhava, daqueles com quem carregava o sinal da aliança.
No Oriente, esteve onde a estrela brilhava mais forte e viu uma nova esperança nascer. Estava diante da verdadeira Luz que resplandecia nas trevas e habitava entre os homens. Luz que mostraria o caminho, a verdade e a vida.
Dois pombos estiveram em suas mãos como sinal de sacrifício, mas também eram sinal do que lhe faltava. Diante dele, estava também tudo o que o preenchia, Aquele que faria o maior sacrifício já visto.
Usava do silêncio para ensinar, das mãos para criar. Acompanhava Aquele que crescia e se fortalecia… e Este ensinava aqueles que detinham a sabedoria daquele tempo.
Quando se foi, sabia que sua missão havia se cumprido e assim foi elevado. E, do alto, sabia que muitas maravilhas aconteceriam após jorrar sangue e água.